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Poder-se-ia dizer, ter medo, é valorizar a vida...

Ai está um sutil modo de usar-se  a inteligência e instintos para contornar receios e disfarçar um suposto controle sobre a condição para com a vida. Mas, de nada valem os temores frente à realidade, onde não compreendemos a morte e somos forçados a fazer de outras formas de vida, nosso combustível: Seja vegetal ou animal. Sejam as hienas, os leões, cobras, vírus, delicados coelhos, lindos pássaros e humanos; assim, a vida se da neste planeta com as espécies dando cabo de outras para que não cesse a propagação e constância do mundo biológico...

Para refletir...

Crenças, fé, são características, apelo existencial individual, manifestação do universo como recurso de amparo para o acontecimento da vida em nós como pensantes, essência íntima de cada ser humano. Não tentes induzir alguém a seguir seus passos de credo, ou os de alguém que disse a você que os deles eram os certos. Use seu discernimento, a sabedoria de que és dotado, mas que por descuido passou a procuração para que outros fizessem dela o que bem entendessem. Pratique o bem de que forma for e, sentira a força do cosmos atuando em, e com com você. Vives assim como eu, sem necessariamente ter que aceitar verdades de outros. Mas nós, que damos enfase ao intelecto, não eliminamos os males da humanidade apenas com fé e crenças, basta ter consciência deste fato em nossa historia. É preciso haver atitude constante frente aos freios que a indiferença, a apatia e o egocentrismo permite. Olhai os lírios do campo... E verão homens em guerra, pisoteando-os. Milhares de crianças como estas e outras tantas pelo planeta, não sabem, não se importam com nossos caprichos de adultos; se somos ateus, religiosos ou outra coisa qualquer. Só querem viver, brincar, sorrir assim como as flores quando há luz.

Mitos, filosofias e dogmas inflam a alma, alimentos mantê-em a vida. Passamos por um longo período de, como se estivéssemos hibernando nossa capacidade de sermos solidários por amor inteligente e, afetivos incondicionalmente. E assim, como um trator pode remover montanhas... Nós podemos sim, fazermos bom uso dos recursos naturais em beneficio de todo ser humano que existe e, venham a nascer. Mas, jamais devemos aceitarmos cenas rotineiras como estas. Infelizmente, existe um problema, assim como certos vegetais adaptativamente fazem do vento, da água, estômagos e pelos dos animais um meio para se propagarem, humanos, frente a repetidas cenas e fatos, terminam também se adaptando aos acontecimentos, deixando-se envolver pela indiferença aos infortúnios alheios. Até mesmo esquecendo-os, somente dando atenção a contratempos quando são envolvidos por eles. Alguns humanos, isoladamente ou em grupos, durante o caminhar das civilizações, estiveram e, continuam tentando explicar o inexplicável, segundo seus pontos de vista, razão e interesses; inexplicável com relação a domínio e profundidade de entendimento do universo por cada um deles. Em tudo que se desconhece, tem-se dimensionado, qualificado, enumerado e tido como exato até o momento que se prova o contrário. Sol, não se sabe se mecânica, naturalmente ou como desígnio, mantêm-se numa constante euforia gerando luz, mantendo a vida, gerando calor e, esta façanha unicamente com seus próprios recursos, queima, transformando hidrogênio em Helio. Salvo trabalho de cientistas, pesquisadores e pensadores, tudo que foi, é ou será dito, não vai além de especulação, adoração ou conveniência às nossas necessidades de amparo psicológico na aceitação que tudo tem um propósito que nos atenda. A criação é surpreendentemente de uma forma totalmente adversa a aquela que adotamos ou, como simplesmente a imaginamos. Seguimos irresponsavelmente filosofias dogmas e mitos primitivos que insistem em afirmar que a mesma é simplesmente como se encontra. Em outras palavras, tudo que nos condenam a eternidade obscura da ignorância. Fabulas são criadas, desenvolvidas, mudadas e moldadas a cada tempo com o intuito de se manter a humanidade com medo e na servidão. A criação é violenta, fria e indiferente às obstinações humanas; vazios, sofrimentos e angustias sempre presentes, mas não é difícil entender como podemos caminhar e viver no meio desta pradaria mista de incertezas. Sabe, naqueles baques, fração de tempo muitíssimo rápido que quase todos nós temos vez ou outra, quando menos nos preparamos; a sensação é de nos locomovermos, nos projetarmos para outro paralelo de consciência, neste exato momento estamos vivendo uma luta, uma reação desesperada de nosso eu tentando se libertar dos milenares condicionamentos que nos aprisionam retardando nosso desenvolvimento pessoal. Tornarmo-nos incapazes de nos livrarmos dos massivos e constantes condicionamentos em função da organização social, mas, felizmente ainda não anulamos nossas características criadoras e de discernimento: Essas, desconhecidas ou ignoradas pela quase totalidade das pessoas. Basta analisar o numero de pesquisadores em seu tempo, pensadores e humanistas que surgem a cada geração, raríssimos em comparação a totalidade de cidadãos no mundo. Devemos ser cooperativos, é bom, e todos têm de se beneficiar deste inteligente e pessoal desempenho para existir uma sociedade harmoniosa. Só não é admissível que deixemos apagar a independência do ser único, e nos tornarmos robóticos. Alexandre, o grande, ( para os que se permitem pequenos ) : Para aqueles que engrandecem em
uma oportunidade, alguém para servir de reforço a força de sugestão para grande massa humana, poucos foram tão convenientes a ponto de induzir 25 mil homens a morrer na travessia impossível de um deserto infernal: E isso, somente por capricho, em rejeição dos soldados pela continuidade sem sentido de guerras bestiais, distancia e tempo longe de suas famílias. Em nosso tempo, se tratando de criaturas inteligentes, mas, passivamente subordinadas,  quantos não ficaram para morrer enquanto seu líder, voltava tranquilamente para o conforto de seu lar dizendo que o fronte estava perigoso? Por acaso neste país não haveria homens mais corajosos ou substituíveis? Ou ele, em seu mundo de fantasia, imaginava uma guerra como conto de fadas onde o príncipe é o herói e, somente os soldados (cidadãos) morrem?   Em nossos dias atuais, um determinado politico diz...Eu faço parte da historia deste país. Percebia-se um apelo incondicional em defesa de seus atos, seus princípios, em sua expressão:  Mas, pequenos acertos de cidadãos não pode apagar grandes falcatruas. Se assim for, não há mais penas cabíveis para infratores, por fim, todos que erram, em seu passado em alguma coisa acertou. Não justifica de forma alguma  ficar livre de uma investigação presente, ( uma CPI ) por um acerto do passado.
      
                                                                                            

Erro humano fatal, fazer-se de bonzinho e exigir bondade alheia.

A vida, de qualquer forma, com seu cotidiano acontece para todos, quer tentemos direcioná-los ou não; a verdade é que somos compostos pelas mais variadas personalidades, e em consequência disso, as diferenças se dão em gênero. Se existem aqueles que sentem prazer em ser solidários, prestativos, e até mesmo por em  risco suas próprias vidas por outros, não devemos nos esquecer que não raro, nos deparamos com quem sem remorso algum, tortura, escraviza e tira a vida de seus semelhantes, sorrindo. Há maneiras diretas e sutis de se eliminar alguém: Tirando-lhes a vida matando-o, ou elaborando sistemas opressores e sugestões que os levem a servir sem exigir ou revidar: Embora se tornem apáticos, raquíticos e definhem lentamente, enquanto confia que uma outra pessoa possa tratar bem de seus interesses, suas obrigações naturais...                                  

Meu país é o planeta: Governo mundial?


A razão da exposição da bandeira é simplesmente localização geográfica.

A mim, interessam o cintilar das estrelas e o comunicar com pessoas distantes. Símbolos dividem, distanciam, fomentam intrigas e guerras.
Não que não tenha apego e consideração pelas coisas, tenho sim, pela vida humana. Tudo que fomenta discórdia e violência, devemos descartar. Digo isso aos que pensam como eu. Discordo e descarto a ideia de um governo mundial. Pelas experiencias já vividas pelos países em seus regimes, nota-se que, não se tem tido bons resultados em termos gerais. Os modelos já postos em prática, funciona bem para  lideres quando ditadores ou, para os que encabeçam  lideranças escalonadas: Resultado, humanos não têm vividos como humanos, entendo o que acabo de mencionar como que, obrigatoriamente termos obrigações naturais com o coletivo e com o próprio individuo. Não é cabível um governo mundial, não há necessidade para que essa ideia tenha sentido ou futuro. Homens, são diferentes das outras espécies existentes no planeta, a inteligencia o torna capaz de existir sem lideranças, isto é: Não sem regras, mas, diferentes do mundo que consideramos animal, como um líder dirigindo o rebanho. Devemos estar atentos sempre, sem jamais nos esquecermos que os indicados que assumem cargos públicos são pessoas, não máquinas frias sem vaidades, interesses ou ambições. Atenção aos termos qualificativos aplicados nas manifestações individuais ou coletivas quando se dão, instigando cidadãos a agirem pela emoção repentina e, sem questionar, irem contra uma reação indicada como maléfica: Contrárias às atitudes recomendadas quando trata-se da jurisprudência que recomenda a razão. A diversidade de sistemas sociais nos diversos países é favorável ao bem estar dos seres humanos neste planeta: Através dos modelos, as sociedades podem seguir com a observância dos resultados refletidos pelas regras dos mesmos em seus cidadãos. A pratica da intervenção em países, somente com sedimento da aceitação pela maioria dos cidadãos, isto, sem representantes, tendo como validação a vontade dos povos através de votos pelo sim ou pelo não.  O objetivo de tal prática, evitaria que países fossem saqueados ou mantidos boicotados e na miséria, simplesmente por interesses econômicos de pequenos grupos, uma vez que nenhum pai ou mãe normal gostaria de ver seu filho mutilado ou morto: A humanidade em conjunto estaria zelando pela vida em todos os pontos onde houvesse um grupo social organizado. Práticas como, a robotização de massas, como vimos recentemente pelos meios de comunicação de um país de ditadores; cidadãos do continente africano instigados a se corromperem entre irmãos enfraquecendo a oportunidade de ter seu país agigantado, permitindo que sugadores da vida explorem seu subsolo enquanto os que nascem sobre, morrem em uma das piores forma de se ter um fim a vida ( Fome e sede ). Agora, lideres de todos os cantos do planeta se reúnem, surgem com novos planos por falta de ocupação produtiva do próprio trabalho individual, preocupados em não perder a mordomia do mandar e tomar ao invés do produzir: Vampiristicamente, aberrantemente, coisa que nem mesmo se pode imaginar, até mesmo comentar qualquer possibilidade de vir a ser controlada a internet por qualquer forma de Regime, Sistema ou Estado. Bens universais já são metodicamente servidos a bel prazer do capital privando o uso do direito natural de milhares de seres humanos: A água, sim, a água: igualmente a energia elétrica. A função do Estado tem ido além do cuidar dos interesses dos cidadãos: Estadistas fazem de suas posições fontes de prazer , luxúria e renda evidentemente. Claro que para isso se manter é preciso controlar e, ai está à razão , de posse do controle do ( Mana...Internet), bloqueiam-se a liberdade de se explorar o conhecimento, a real fraternidade ( fraternidade teórica está excluída) entre os povos e internautas, dificulta-se a harmonia entre países mantidos pelos seus governos ou pequenos grupos influentes a livrarem-se de seus eternos conflitos. A humanidade precisa entender , Deuses dividem os homens, a internet os tem unidos com liberdade; não se deve permitir seu controle. Que os nomeados a representarem as sociedades,  realizem bem suas tarefas de trabalho e, não interfiram na evolução dos povos. Façam seus méritos e progresso advirem da criatividade, produção própria: Sem provocar guerras para vender armas, submeter países para  tomar seus bens. Comentar sobre uma possibilidade, a de controlar a internet. Todos sabem a importância da mesma para a liberdade, e não permitirão tal absurdo.          









Um exemplo, de como podemos errar em fazermos juízo prévio do caráter e personalidade de um desconhecido. Ajuda sob as águas.

A avidez por fazer bom uso de nosso tempo, faz deixarmos vez ou outra, não notar detalhes alheios interessantes. Este, meu primeiro blog, sinto-me a interagir com pessoas de todos os cantos: Sem contacto direto, olhos nos olhos, mas existem os que como eu, sempre procura por algo que vá de encontro aos seus anseios. Um de meus prazeres é escrever, essa é a razão de estar envolvido neste mundo dos blogs. Na essência de meus escritos, estará à honestidade de somente realizar um desejo, o de ser lido; Mas não somente isso seria egocentrismo de minha parte, em tudo que postar desejo deixar algo que transmita, além do prazer pela leitura, algo de bom que possa servir de estimulo ou exemplo de como bela e boa, pode ser uma pessoa.




AJUDA SOB AS ÁGUAS. Acredito que, nada mais justo, iniciar minhas exposições com uma historia real, onde seu protagonista felizmente se deu bem e continua entre nós. (eu). Está ponte é o marco, sob ela, onde tudo começou. DOMINGO ENSOLARADO...Todos os dias são completos em suas manifestações. Mas este se destacava pelo brilho vivo e limpo, e mais ao alto, se estendendo pela linha do horizonte, podia-se liberar a alma às fantasias, envolvendo-se em meio a tantos aglomerados de pequenas nuvens alvas, harmoniosamente dividindo seus espaços. Fazia calor naquelatarde de domingo, havia muitas pessoas da pequena cidade, vizinhanças, sítios e fazendas; crianças e adultos,todos brincando, sorrindo, alguns se encontravam sobre a ponte somente observando os que pulavam lá de cima da ponte. Neste dia eu estava bem cansado, durante o período da manhã eu já havia nadado bastante, tentava agora descansar um pouco, mesmo tendo que proteger meus olhos com as mãos para evitar a areia, caso alguma criança passasse correndo próximo a mim: além do sol que com tanto brilho, parecia estar gostando de tantas pessoas juntas e felizes.  De uma margem à outra neste local, em épocas de chuva atingem em torno dos cem metros de largura, resultando em uma paisagem agradável de poder-se admirar. Cativa. Mesmo aqueles que temem rios quando cheios tem receio de nadar em um, não conseguem ficar indiferente a sua majestosa força e determinação para romper distancia, eternamente seguindo seu curso, desviando de obstáculos, nada o detém. Tarde quente. Subitamente minha tranquilidade é interrompida por gritos, adultos e crianças correm em todas as direções,  eu mesmo, não estava entendendo nada de tanta confusão: Sem sair de meu lugar, continuei deitado sobre a areia, somente observando para entender a agitação que tanto preocupava aquelas pessoas sempre tão calmas. Com mais atenção pude perceber que todos indicavam para um mesmo ponto em direção ao rio. De onde eu estava o pilar de sustentação da ponte impedia que pudesse ver alguma coisa, foi quando meus instintos se afloraram, pressenti um afogamento, alguém está em apuros, podendo morrer. Fui até mais perto poderiam estar precisando de ajuda e eu pudesse fazer alguma coisa pela pessoa. Meu emocional estava bem, qualquer decisão que fosse escolhida não resultaria em problema de consciência, cheguei a pensar, não sou simpático à comunidade, (passava minhas noites pelos bancos de jardins da pequena cidade, e de alguns também próximos a pesqueiros que tinham em frente aos ranchos à margem do rio: havia saído de um colégio para órfãos, sobrevivia como conseguia: roupa surrada, cabelos não pequenos, mas o que eu poderia fazer! Não se davam chances para me conhecerem. Mas esta, é outra historia a ser contada.) porque envolver-me se há tantas pessoas por aqui? Seria melhor eu continuar em meu cantinho e quieto. Em minha vida nunca havia socorrido alguém nessa situação, nem sei mesmo e como o que fazer: Saindo do lugar em que me encontrava, dando volta para ter uma visão melhor, entendi, lá estava à causa de tantas preocupações, um jovem em desespero total, com gritos sufocados pedindo alucinadamente que o salvassem, suas forças o impelia a repetir sem cessar por ajuda. Havia entre eles bons nadadores, por que não apareciam?  Eles poderiam tirá-lo da água com a canoa, ajudá-lo a sair daquela enrascada. Segundo amigos que o acompanhavam naquela tarde, disseram que o mesmo não sabia nadar e estava alcoolizado. Na verdade, ele ainda não havia submergido ainda por que se debatia em demasia, e também a euforia o estava ajudando, mas não durariam muito a seu favor essas reações. A agonia e o desespero eram tanto que seus pedidos por socorro mais pareciam ordens diretas, tirem-me daqui!  Havia entre eles, bons nadadores, mas porque não apareciam? Teriam que socorrê-lo, o tempo se esvaia com os segundos no ritmo das corredeiras. Poderiam ajudá-lo com uma canoa a sair daquela enrascada, Segundo amigos que o acompanhavam naquela tarde, disseram que o mesmo não sabia nadar e que havia ingerido muita bebida alcoólica. Com certeza ainda não teria ido de vez para o fundo das águas porque a corredeira e seus movimentos constantes o mantinha flutuando; Se nada de urgente fosse feito, alguém em breve choraria por ele em algum lugar. Uma canoa se aproxima em sua direção, mas permanecem afastados, todos estão inseguros, percebe-se o receio que ao tentar pegá-lo, possa acontecer que a canoa vire durante seu desespero ao tentar se agarrar na mesma, provocando não uma, mas, mais mortes. Indiferente a tudo e a todos naquela situação, senti-me impelido a fazer algo por aquela vida prestes a se esvair.  Mesmo salva-vidas profissionais convivem com esta possibilidade apesar de toda experiência, não era de se estranhar como estavam agindo. Mas entre o eu acho, da dúvida, cautela, conhecimento, saber, não saber, o jovem estava bem próximo de um fim trágico. Era enervante presenciar aquela forma de se ter um fim estúpido, irresponsável, provocado. Mas este seria um juízo que somente a ele caberia fazer; a mim, tentar tirá-lo do rio até a margem. Se estivesse se dando uma transição normal de um plano para outro, seria natural e menos conflitante. Mas, acidente, já bastava, precisava ajudá-lo urgente, um pouco mais tempo e seria tarde. Agora já estava envolvido e, até onde a água não se opunha como obstáculo para meu corpo, parte mais rasa, corri o mais rápido possível; um mergulho e com braçadas longas em sua direção me aproximei. Ele já não tem mais aquela agilidade, a mesma disposição de antes, está quase cedendo, perdendo a noção da situação de risco, a consciência, seu olhar é distante, vago.  Passei por entre os que estavam na canoa e próximo aos que nadavam ao seu redor, mas não reuniam coragem nem forças para ajudá-lo. (Tive a impressão que o rapaz também sentia medo deles, tanta era a agitação e os gritos). Havia duas pessoas no barco, uma não sabia nadar e era a que mais falava e fazia gestos, atrapalhando inclusive seu companheiro que tentava posicionar o barco, terminando sempre remando em direção contraria. Foi assim, consciente de não haver mais tempo nem ajuda para tentar salvá-lo, nadei em sua direção segurando-o com minha mão esquerda seu pulso direito: Ele tentava se apoiar e mim com sua mão esquerda, o que eu não poderia permitir de forma alguma, iríamos os dois para o fundo do rio: Mesmo assim por umas vezes tentou se agarrar em mim, era quando eu forçava seu braço para o alto e o torcia pelo lado contrario, neutralizando sua clara e fatal intenção, a de se apoiar em meu corpo. Meu movimento para nos manter são redobrados, mais braçadas e impulsos com os pés, não para nos mover, mas para que pudéssemos nos manter com o rosto fora da água. Como uma gangorra, lá íamos nós, seu corpo só força para baixo, tenho que alternadamente dar impulso para que ele respire, para isso, acelero com toda força meus movimentos puxando-o para cima, enquanto eu fico sob a água. Escolhi deixar que a correnteza forte nos levasse para a margem, mesmo que fosse preciso permanecer mais tempo naquele sufoco; Não havia escolha, não conseguiria romper o rio em linha reta, seria demais exigido de meu corpo e eu, com certeza não daria conta de sustentá-lo, dispor de mais energias para continuar.  Apesar de nossa situação delicada tomar toda a atenção, dava para ouvir da margem e sobre a ponte, os sussurros das pessoas preocupadas também. O importante não era saber onde iríamos chegar sair, eu precisava mantê-lo consciente. O fato de não saber nadar, tornava seu corpo cada vez mais pesado. (À tarde daquele dia exerceria em minha vida uma forte influencia). Sem precisar o tempo exato de quanto havíamos estado tentando nos manter bem, agora, próximos da margem há uns quinze metros, a canoa se aproxima de nos, mas, se mantendo um pouco distante; pretendiam ajudar, entretanto a cautela os impediam de se chegar mais perto, preocupados em que pudéssemos ao nos apoiarmos nela, provocar um acidente fazendo-a virar: Um deles, tendo em mãos uma vara de pesca, estendeu-a em minha direção: Foi um grande erro, afundamos juntos, neste ato deixo da nadar para nos mantermos sobre a água sem poder alternar nossas respirações: agora, seu peso me puxava para baixo e estava sujeito aos mesmos riscos que ele: Sentia nosso distanciamento da superfície devido à diminuição do brilho do sol; não há mais mais claridade agora, me recordo muito bem, marcou profundamente em meu ser a decisão que viria a tomar naquele instante: Pensei, será que consigo ainda emergir e ajudá-lo? Decidi assim, chegamos até aqui, se você ficar sob as águas, também ficará eu. Recomecei meus movimentos em direção ao alto, sentia mais seu peso, apesar de bem cansado podia perceber ainda forças em mim. Não via a luz, água escura e a cada segundo mais exausto, não haveria trégua em meus movimentos mais exigidos então: Sinto uma ardência aguda em meus pulmões, incômoda, mas não posso e não quero desistir; subindo, persistindo sem limites de esforços, prosseguia, não conseguia pensar em nada, sentia a falta de ar, mas nada podia fazer a não ser continuar: Despontam lentamente  sinais de luz na superfície  sinto como se houvessem brasas em meu peito, faltava pouco, conseguiria. Aproximávamos-nos do que mais gostaríamos de ter acima de tudo, oxigênio. Não da para esquecer, antes que saíssemos como apressadas boias sobre a água, não havia controlado minhas decisões, tinha ingerido um pouco do líquido vital, além da determinação, foi nossa aliada nos ajudando também. A correnteza nos puxara um bom trecho enquanto tentávamos nos manter vivos: Podia sentir sob meus pés as primeiras pedras, a margem estava mais próxima de nos neste momento, a canoa também, mas não importava mais,  mesmo assim se aproximou, segurei em sua borda enquanto puxavam o rapaz, precisaram me ajudar a subir. Lembro-me bem, o jovem relutou em subir, saiu correndo ainda com a água na altura  de seu  joelho; dispersei-me entre as pessoas que se aglomeravam próximas de nós e segui em sentido contrário de onde vinham, não demorou muito para que eu desse um jeito de me mudar para outra cidade: Sem documentos, dezessete anos, sem família, uma proibida e inocente paixão de adolescência ficando para trás; parti em direção a São Paulo. E a vida continuou...      

Sim, somos todos iguais, mas, em momentos diferentes.

Jamais poderia desconsiderar um contato, uma amizade com todas as pessoas com as quais mantive um diálogo ou convivência: Durante todo  tempo pude perceber a importância em nossas vidas de tudo e todos aqueles que nos cercam, convivendo ou não. Sou grato pela oportunidade de ter  sido agraciado na vida com cada novo aprendizado adquirido. Cidadão: Independente da ocupação que exercemos socialmente, vamos além de sermos cumpridores de tarefas, nos desdobramos em duas personalidades, impossível ser diferente: De um lado, um tecnocrata, ou um profissional em qualquer área. Sendo desta forma, não há como evitar conflitos e preconceitos se agirmos com desconhecimento e não darmos importância ao segundo; aquele que existe fora de suas funções, de seu trabalho: Os verdadeiros nós, o eu que cada um praticamente o abandona durante toda a vida: Momentos verdadeiros de prazer por realizações são conseguidos através exatamente deste que, deixamos em quase inexistente plano. O coletivo é importante Sem dúvida, mas isto quando se trata de divisões de tarefas, obrigações sociais. Todo pensamento convertido em frases vai de encontro a um opositor, não importa se filosófico ou um ponto de vista corriqueiro sobre outro tema qualquer: Tem-se o costume de prevalecer sempre nós mesmos como sabedor de tudo e sempre com a razão absoluta. Este comportamento tem dificultado em muito as relações humanas; quantos diálogos formais ou informais iniciados terminam em discussão, enquanto ouvimos e, quase sempre o que temos é uma explanação resumida. Encontramos brechas para interromper e dar sequencia à outra direção à conversa tentando colocar nosso ponto de vista como o mais correto. Também não é aconselhável entramos de cabeça aceitando tudo que vem de outra pessoa ou fonte como exato. Em diálogos devemos estar preparados para ouvir e falar, com reservas; não permitir que arraigados condicionamentos e instintos se sobressaiam neutralizando, inibindo o racional, enfim, não se trata de uma situação de vida ou morte, é simplesmente um momento de comunicação, de tentativa para facilitar algum esclarecimento.  É interessante estar sempre alerta quando iniciarmos uma conversa com o intuito de se buscar conhecimento sobre algo, ou bate papo informal sobre qualquer assunto enquanto estarmos como ouvinte, por serem vastas as direções que podem tomar com argumentos favoráveis ou contrários ao que estamos a ouvir: Em sua mente, o detentor da palavra já tem todo o contexto do pensamento formado, sendo assim, não é certo fazer interrupções. O mais acertado é ouvirmos e, caso haja alguma discordância, o melhor a fazer são as anotações para ser comentadas posteriormente.


      

  Enquanto as leis não forem executadas com responsabilidade e justiça, sem exceção, não justiça manipulada, distorcida, por meio de honorár...