A Imaginação e a Adaptação
Divagamos pelo incomensurável e infinito campo da imaginação — um dom vital, movido pela nossa capacidade criativa, atendendo ao chamado da vida.
Nesta jornada, buscamos incessantemente nos adaptar ao meio. Contudo, o desprezo pelo uso sábio dessa mesma imaginação nos impulsiona em buscas confusas por respostas… mesmo quando sequer formulamos as perguntas corretas.
Esse desalinhamento nos mantém estáticos no tempo, dificultando — ou mesmo impedindo — a evolução e o aprimoramento da nossa essência.
O Ciclo dos Erros Humanos
É necessário, com humildade, reconhecer as razões de tantos fracassos, desacertos e a falta de compreensão diante dos erros que se repetem, geração após geração.
A história humana comprova esse ciclo: passado, presente e, infelizmente, também o futuro seguem marcados por reincidências evitáveis.
Se não formos individualmente responsáveis por nossa própria existência — e, indiretamente, pela existência dos semelhantes — permaneceremos aprisionados nos mesmos padrões.
A Falta de Estímulo ao Viver Consciente
Não se inspira, tampouco se estimula, um trabalho constante voltado ao aprimoramento da forma como nos relacionamos com o mundo, com nossos atos, com a vida.
Falta orientação para atitudes saudáveis diante da existência, dos animais, dos vegetais e do próprio planeta.
As Sensibilidades e as Discordâncias
Sensibilidade à dor, aos sentimentos, às cores, aos sons — até mesmo às imagens — varia amplamente entre os indivíduos. Perceber essas nuances é essencial.
Qualquer tema que se aborde trará discordância: seja política, religião, mitos ou sabores. A unanimidade é praticamente impossível.
O Limite da Consciência
Há um limite transponível — muitas vezes cruzado sem consciência — que aguarda ser iluminado pela atitude manifesta de uma inteligência desperta.
A superação está lá, no horizonte, esperando o salto consciente que cabe somente a nós.
Progresso Tecnológico vs. Estagnação Moral
Fomos à Lua. Estamos a caminho de Marte. E, ainda assim, não conseguimos nos livrar da maldade, do preconceito e de tantos vícios e mentiras que nos aprisionam.
Seguimos sendo conduzidos por líderes que manipulam a boa-fé daqueles que não romperam com os instintos mais primitivos.
Mitos, Medos e Violências Arcaicas
Medo das sombras, sons do vento, relâmpagos… Acreditava-se que sacrificar crianças tornaria a terra fértil. Comer semelhantes por fome — ou para absorver a “força” da vítima.
Animais sangrados em oferendas a mitos.
Hoje, as barbaridades continuam.
Violência Atual e Indiferença Global
Crianças despedaçadas. Pais assassinados. O primitivismo não é passado — está aqui, no presente.
Tudo isso, para satisfazer interesses e posses materiais.
A indiferença frente às violências sofridas — especialmente em países fragilizados — gera vítimas e, inevitavelmente, futuros vingadores. A eternidade da violência se perpetua.
Imagine se a África de Traoré decidisse reagir hoje à cobrança de mais de quinze milhões de seus cidadãos e não foram somente sete milhões, mas sim escravizados, amputados de seus membros e roubados de suas riquezas pelos americanos na produção de algodão. E isso sem mencionar outros países da Europa, que, admirados por muitos, ignoram a violência que perpetraram no passado em todos os continentes, em uma época não muito distante: tomando terras, matando e destruindo cidades de seus algozes, justificando atos como os que ocorrem na situação entre Israel e Palestina, onde o extermínio é considerado justificável. Não é justificável; é violência primitiva, especialmente com a indiferença da ONU, que lhe concede o distintivo de xerife do planeta, com o apoio americano e de países aliados.