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A estupidez superando a extraordinária maravilha (os homens).




 Durante milênios, a humanidade se deixou levar por narrativas moldadas ao gosto de poucos.  Aceitamos, muitas vezes sem questionar, sermos a semelhança de alguma divindade — e com isso, justificamos nossas ações mais cruéis com a roupagem da “missão divina”, da “ordem superior” ou do “interesse nacional”. 

No entanto, o que se vê, de maneira brutal e recorrente, é a total irresponsabilidade coletiva com o que realmente importa: a vida. 
Milhares de pessoas seguem sendo sacrificadas todos os anos em guerras motivadas por caprichos, por disputas de poder, por interesses comerciais ou recursos naturais — nunca por necessidade real de defesa da dignidade humana. 

A Organização das Nações Unidas (ONU), criada após a Segunda Guerra Mundial com o propósito nobre de evitar novos conflitos e promover a paz, tornou-se, ao longo do tempo, um organismo burocrático que, na prática, serve quase sempre aos interesses dos países que o financiam com mais força econômica e política. 
Enquanto discursos ecoam em salões climatizados, bombas caem em comunidades indefesas. 
Enquanto resoluções são “avaliadas”, crianças morrem sob os escombros da omissão. 

A estrutura do Conselho de Segurança, por exemplo, revela essa disfunção: cinco países possuem poder de veto absoluto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), mesmo quando as decisões envolvem crimes contra a humanidade. 
Isso transforma a ONU num espectador privilegiado, com as mãos atadas por seus próprios pilares de poder. 

Além disso, leis e tratados internacionais têm sido criados e aplicados mais em benefício de grupos ou setores privilegiados do que para o bem comum das nações. O direito internacional, muitas vezes, é moldado por pressões econômicas e lobbies corporativos. 
A justiça, em escala global, tornou-se seletiva — e a impunidade dos líderes que promovem massacres, ocupações ilegais e violências institucionais é um escárnio que grita aos olhos de qualquer cidadão com senso ético minimamente desenvolvido. 

O mundo precisa de um tribunal verdadeiramente autônomo e eficaz, com legitimidade para julgar e condenar líderes que atentam contra a paz, independentemente de sua nacionalidade, poderio militar ou peso econômico. 
Mais do que isso: o povo mundial precisa assistir — ao vivo e com todas as câmeras apontadas — o confronto desses líderes com as consequências de suas decisões. 
Não por espetáculo. Mas para dar um fim à farsa da impunidade. 

Chegamos ao século XXI com tecnologia capaz de conectar bilhões de pessoas instantaneamente, mas ainda guiados por instintos primitivos e narrativas que alimentam ódio, segregação, ambição desenfreada e medo. 
Não é mais admissível que sejamos manipulados como peças de um jogo controlado por poucos. 
A liberdade e a dignidade dos povos não podem continuar reféns de interesses financeiros e estratégias geopolíticas obsoletas. 

O tempo da razão chegou — ou, ao menos, deveria ter chegado. 
É preciso romper o ciclo da omissão, da falsa neutralidade e da indiferença institucionalizada. 
Não se trata de escolher partidos ou bandeiras, mas de escolher a vida, a justiça e a responsabilidade. 
Cada um de nós tem uma parte nesse processo. E calar, neste momento, é ser cúmplice. 

 

Saques e Exclusão

 








Os Estados, países do globo, nações tem que ser obrigatoriamente existirem sem xerifes. Punição, bloqueio e exclusão a outros com ações de saques dos benefícios desenvolvidos pelos países, também recursos minerais ou de qualquer natureza já existentes tem que ser intocáveis por estrangeiros. Nas fábulas, criadores de mensagens otimistas e divagadores usando princípios filosóficos, ate aqueles que se beneficiam com insinuações de que de uma forma ou de outra, tendem a induzir acreditarem ser o humano um ser completamente apto a acessarem paraísos a sua espera desde que se comportem, sigam regras pré-definidas. Um fato contraditório à realidade da criatura humana, é ser a espécie abastecida de farta característica como a afabilidade, paralelamente com o egocentrismo fomentando a violência. Em guerras é comprovado que durante os confrontos, não importa quem seja os que se encontram em vantagem, atos de toda forma de violência, serão praticados pelos que estejam em vantagem no campo de conflito: só existe uma parte das sociedades que perdem com este estúpido comportamento; as crianças. Crianças não são preconceituosas, não escolhem lideres religiosos nem políticos para si mesmos nem para seus pais ou tutores. Por isso não são responsareis pelas barbáries do adultos. Verdade seja mencionada aos ofuscados crédulos daqueles que floreiam a vida com a aceitação de que somos a perfeição da criação. Na biologia, a vida não é possível sem que além de casos de canibalismo, ela não se mantêm sem que uma devore a outra. Violência é real em toda forma de vida, principalmente a nossa, digo principalmente em razão de sermos racionais, houvesse uma balança para se medir o peso entre ações comportamentais racional e primitivo, teríamos a balança em sentido oposto totalmente do lado da influência primitiva, cedendo totalmente para o lado nada inteligente, entanto, desmitificando que somos especiais neste universo, basta atentar pelas guerras passadas e presentes o que se faz com as crianças. Podemos ser ainda um dia, humanos dignos da inteligência, quando nos livrarmos dos mitos, nos conscientizarmos do grande engodo da aceitação da ideia da existência de seres humanos especiais, escolhidos para representar, intermediar o celestial. O caminho único e última chance para todos é pela educação das crianças, ensiná-las a não desprezarem sua capacidade natural de compreender as dores, respeitar os espaços alheios, valorizar o afeto, e não serem cúmplices na formação de sistemas que se dedicam a ludibriar, criar regras que façam uso, façam uns serem escravos de outros, mesmo que seja de forma sutil.


red9juarez


 

A Imaginação e a Adaptação

Divagamos pelo incomensurável e infinito campo da imaginação — um dom vital, movido pela nossa capacidade criativa, atendendo ao chamado da vida.

Nesta jornada, buscamos incessantemente nos adaptar ao meio. Contudo, o desprezo pelo uso sábio dessa mesma imaginação nos impulsiona em buscas confusas por respostas… mesmo quando sequer formulamos as perguntas corretas.

Esse desalinhamento nos mantém estáticos no tempo, dificultando — ou mesmo impedindo — a evolução e o aprimoramento da nossa essência.


O Ciclo dos Erros Humanos

É necessário, com humildade, reconhecer as razões de tantos fracassos, desacertos e a falta de compreensão diante dos erros que se repetem, geração após geração.

A história humana comprova esse ciclo: passado, presente e, infelizmente, também o futuro seguem marcados por reincidências evitáveis.

Se não formos individualmente responsáveis por nossa própria existência — e, indiretamente, pela existência dos semelhantes — permaneceremos aprisionados nos mesmos padrões.


A Falta de Estímulo ao Viver Consciente

Não se inspira, tampouco se estimula, um trabalho constante voltado ao aprimoramento da forma como nos relacionamos com o mundo, com nossos atos, com a vida.

Falta orientação para atitudes saudáveis diante da existência, dos animais, dos vegetais e do próprio planeta.

As Sensibilidades e as Discordâncias

Sensibilidade à dor, aos sentimentos, às cores, aos sons — até mesmo às imagens — varia amplamente entre os indivíduos. Perceber essas nuances é essencial.

Qualquer tema que se aborde trará discordância: seja política, religião, mitos ou sabores. A unanimidade é praticamente impossível.


O Limite da Consciência

Há um limite transponível — muitas vezes cruzado sem consciência — que aguarda ser iluminado pela atitude manifesta de uma inteligência desperta.

A superação está lá, no horizonte, esperando o salto consciente que cabe somente a nós.


Progresso Tecnológico vs. Estagnação Moral

Fomos à Lua. Estamos a caminho de Marte. E, ainda assim, não conseguimos nos livrar da maldade, do preconceito e de tantos vícios e mentiras que nos aprisionam.

Seguimos sendo conduzidos por líderes que manipulam a boa-fé daqueles que não romperam com os instintos mais primitivos.


Mitos, Medos e Violências Arcaicas

Medo das sombras, sons do vento, relâmpagos… Acreditava-se que sacrificar crianças tornaria a terra fértil. Comer semelhantes por fome — ou para absorver a “força” da vítima.

Animais sangrados em oferendas a mitos.

Hoje, as barbaridades continuam.



Violência Atual e Indiferença Global

Crianças despedaçadas. Pais assassinados. O primitivismo não é passado — está aqui, no presente.

Tudo isso, para satisfazer interesses e posses materiais.

A indiferença frente às violências sofridas — especialmente em países fragilizados — gera vítimas e, inevitavelmente, futuros vingadores. A eternidade da violência se perpetua.


Imagine se a África de Traoré decidisse reagir hoje à cobrança de mais de quinze milhões de seus cidadãos e não foram somente sete milhões, mas sim escravizados, amputados de seus membros e roubados de suas riquezas pelos americanos na produção de algodão. E isso sem mencionar outros países da Europa, que, admirados por muitos, ignoram a violência que perpetraram no passado em todos os continentes, em uma época não muito distante: tomando terras, matando e destruindo cidades de seus algozes, justificando atos como os que ocorrem na situação entre Israel e Palestina, onde o extermínio é considerado justificável. Não é justificável; é violência primitiva, especialmente com a indiferença da ONU, que lhe concede o distintivo de xerife do planeta, com o apoio americano e de países aliados.

   


Distorção cruel leva o ser humano a se sentir insignificante

 

Fico aqui pensando: a independência dos países ao redor do globo é necessária para uma melhor organização dos povos. A intromissão em outro Estado não é legítima, nem deveria ser cogitada sob qualquer justificativa. Não se trata de uma crítica gratuita — não é isso que me move. Dedico parte da minha vida a observar, refletir e tentar compreender o comportamento da humanidade.

Como cupins, formigas e outras espécies, nós — mesmo após milênios — ainda não conseguimos nos libertar da lógica de comando em que sobreviver significa, muitas vezes, alimentar-se dos semelhantes ou atacar outros seres vivos, vegetais ou animais.

Na ciência e na tecnologia, os seres humanos conquistaram méritos imensuráveis. No entanto, o maior empecilho para que essa mesma humanidade desenvolva plenamente seu potencial inteligente — e alcance, há muito tempo, um estado de convivência harmoniosa entre os próprios — é o comportamento displicente: a aceitação passiva de verdades ditadas por homens falhos, tomadas como absolutas, sem análise, sem questionamento.

Não é necessário agir com teimosia, mas com atenção constante. Se alguém disser a você que existem seres especiais, escolhidos para liderar as nações, cuidado — muito cuidado. Do macro ao microcosmo, nada no universo é exclusivo. Tudo e todos interagem.

Tenho o desejo de acrescentar outros temas a este trabalho — temas que, aliás, caberiam bem aqui — mas temo que isso possa dar a impressão de divagação. Ainda assim, é preciso dizer: a cultura humana, manipulada desde seus primórdios organizacionais, foi moldada para sustentar o medo e o misticismo. Esses elementos foram plantados na psique humana, gerando uma necessidade perturbadora que distorce o caminho em direção a escolhas mais conscientes de vida.

,Essa distorção cruel leva o ser humano a se sentir insignificante, em dívida com o abstrato e o inexistente. E com isso, elimina-se toda a independência e liberdade de uma criatura incrivelmente capaz — um ser dotado de infinitas possibilidades de organização e evolução.

red9juarez

Sou honesto em expor meus pensamentos

 


Sou sincero em expor meus pensamentos acreditando estar contribuindo grandemente com as circunstâncias favoráveis para a paz entre cidadãos do planeta todo, sim, por motivação lógica de não apreciar as atitude tomada por aqueles que se prontificam, insinuando estar com função na educação privada ou publica que tenha diretamente efeito nas reações e sobrevivência das pessoas. Não tenho compromisso ou ligação com nenhum grupo de pessoas ativamente em temas com base em ações medianas, ou convictas em política, religião, esporte ou marginalidade.  

Com este proceder não estou me safando, fugindo das responsabilidades em participar de regras há milênios, mesmo até que em determinado espaço de tempo, em algumas delas tenha havido mudanças. Já foi lei com concordância social, canibalismo, sacrifícios humanos, principalmente crianças, animais, ter e mutilar escravos. A escravidão ainda não foi extinta totalmente, aquela que sutilmente ou forçada, colocam-se trabalhadores a produzirem em excesso para abastecer os caprichos de suas ambições, os exploradores.  

Estes, muitos que detestam trabalhar para atender  suas ambições, existem até mesmo alguns que se unem criando grupos para facilitar a forma de tirar proveito do meio onde vivem, não se importam, ficam indiferentes e se desviam caso ouçam alguém insinuar a necessidade de mudanças a favorecer também os que realmente produzem.  

Citei o comportamento de manter-me distante de terminadas correntes de pensamento em entender que filosofias, promessas politicas, religiões… embora leve vez ou outra a resultados interessantes: a inflação do ego resulta em sensação de bem-estar, tranquiliza momentaneamente. Isto conforta, mas não livra os seres humanos de problemas,  na verdade, em sua grande parte, criados pelo mau uso da inteligência.  

Para viver, nosso corpo é provido de mecanismos biológicos naturais. Agora, viver psicologicamente bem, o tempo prova que somente da natureza, jamais usufruiremos de algo parecido ou entendido como felicidade, sem conflitos, fome, exploração alheia de pessoas.  

Adultos, pais, ou tutores, devem ensinar, motivar as crianças, mostrar desde a tenra idade com exemplos a precisão de pensar por si mesma. 

Entender o fato de cada humano ter seu próprio cérebro, capacidade de compreender, trilhar com seus próprios pés. Devemos separar; o primitivo. do racional. e, se pretendermos que a vida não seja exterminada por nossa própria irresponsabilidade.  

Nós adultos somos assim, nossas verdades, razões e crenças são condicionamentos nada confiáveis, melhor comprovação desta afirmação se encontra nos tantos milênios passados com guerras e crimes repetidos pelos políticos em cumplicidade conosco, imponentes e com toda razão. Existe uma única chance para nós, ajudar na preparação das crianças, na urgente preparação, na transformação na cultura. Sós resta elas, porque falta pouco para o colapso final. 

          Sós restam elas, porque falta pouco para o colapso final, fato originado pela displicência dos adultos a escolherem seus líderes e não oferecerem resistência pelos mal feitos das lideranças. 

 red9juarez

  


Se há de se reverênciar algo...

Se há de se reverenciar algo, alguém ou um astro, opte pelo humano que escolhe correr riscos com sua própria vida para garantir a paz de seus liderados. O passado de um povo não pode, não deve ser esquecido por dever servir como proteção, exemplo e defesa para as gerações presentes e futuras.

A compreensão sobre o universo e a vida biológica não é complexa nem misteriosa; o verdadeiro atraso reside na separação entre o primitivo e a racionalidade na escala da evolução. Sabemos que a vida segue em sequência, uma coordenada registrada nas informações genéticas dos organismos vivos. RNA: responsável por armazenar e transmitir essas informações. Ele contém as instruções para o desenvolvimento e funcionamento celular e também transporta a informação genética do DNA para os ribossomos. 

Essa complexidade biológica permite que o corpo físico funcione perfeitamente, assim como uma máquina que construímos. Podemos afirmar que a vida acontece diante de nossos olhos de maneira análoga ao funcionamento mecânico: tudo é providenciado sem que precisemos nos preocupar em viver, bastando suprir o corpo com energia (alimentação e líquidos).

Primeiro, o primitivo… Totens, deuses de mil formas, demônios, canibalismo, guerras, escravidão, indiferença com as necessidades do semelhante, o maléfico e repugnante egocentrismo. Depois, o intelecto… 

Apesar da independência em relação ao primitivo, em certas ocasiões e circunstâncias, agimos e tomamos decisões influenciados pelo subconsciente. Muitos relatam terem escapado de situações perigosas, acidentes ou contratempos, sentindo-se surpresos ao perceberem terem sido “empurrados” para uma decisão automática. 

Guerras e escravidão ainda persistem sutilmente pelo menosprezo com que tratamos nossa inteligência. Permitimos que autonomeados supostos conhecedores dos responsáveis pela existência da vida nos indiquem direções e comportamentos a serem seguidos. Um verdadeiro embuste. 

Promessas sem compromisso por escrito, com perda do cargo e do salário caso não sejam cumpridas—assim deveriam ser as regras para políticos interessados em cargos públicos em todas as esferas. 

A inteligência é mais um meio de adaptação do que de evolução, pois não adquirimos esse recurso repentinamente na última semana; somos racionais há milênios. Ainda assim, muitos se deixam levar por argumentos convincentes sem contestação, cooperando com movimentos prejudiciais à sociedade, percebendo o erro somente mais tarde. A vida prossegue para todas as espécies, pois o universo não favorece nenhuma em particular. 

Devemos utilizar a inteligência como fazem o DNA e o RNA, mas não de maneira puramente mecânica—e sim com liberdade e sabedoria. Não se deixe levar por palavras mansas.  Não aceite a ideia de que não deve se apegar a nada, que desejar coisas materiais é pecaminoso. Se você abdicar dessas coisas que também lhe pertencem, outros as acumularão. 

Todo ser humano é inteligente e capaz. No entanto, durante a infância, a educação é gradativamente excluída das famílias que já vêm de uma linhagem sem acesso à escola. As profissões que exigem formação superior são caríssimas para quem vive com um salário mínimo—não sei se ocorre em todos os países, mas no Brasil, esse sistema funciona dessa forma. E isso não acontece por acaso: menos concorrência significa mais controle. 

Assim, mantém-se o desequilíbrio—uns com mais, outros com menos. Os salários deveriam ser destinados a quem trabalha, independentemente da função desempenhada. Todos somos responsáveis, quer entendamos ou não. Erro indefensável é acreditarmos, cada um de nós, que somos os únicos a ter razão sobre tudo. Devemos, sim, ser senhores de nossos bens materiais, mas também devemos estar atentos e prestar atenção a temas que abrangem e sejam do interesse de todos.

                                                                       Reverências à Traoré. De minha parte: pela                                                                            manifestação humanista em prol do povo                                                                              africano              


 

 


 

 

 

 


COM URGENCIA E MATURIDADE, PRECISA-SE REVER OS CONCEITOS EXISTENCIAIS

 


É urgente rever os conceitos com os quais florimos nossa existência, desde o princípio dos primeiros sinais de discernimento, sempre foi envolta em um véu de conceitos criados para dar sentido ao caos da realidade. Moldamos nossa percepção do mundo conforme nossas conveniências, e, muitas vezes, nos refugiamos em fantasias que nos confortam. Nessas ilusões, tudo é possível, belo e celestial: acreditamos que o céu nos aguarda, que somos filhos de divindades, que nosso destino é grandioso, superior e apartado da brutalidade da natureza. Criamos narrativas que reforçam nossa excepcionalidade e nos fazem sentir que tudo existe para nos servir.

Mas, ao observar a essência crua da existência, percebemos não haver fragmentos ou fagulhas divinas em nossos corpos que nos livrem da voracidade da fome instintiva. Em nossa biologia, somos predadores e presas, organismos vulneráveis, sujeitos às mesmas forças naturais que regem todas as outras formas de vida. Contrastamos a afirmação de que somos especiais com a evidência inegável de nossa fragilidade.

Sim, desenvolvemos um grau elevado de inteligência, uma capacidade única de abstração e criação. No entanto, isso não nos concede uma superioridade absoluta sobre o mundo ou sobre as outras espécies. A verdadeira maturidade reside na aceitação de que nossa consciência não nos imuniza contra as leis implacáveis da natureza. O tempo nos corrói, as doenças nos afetam, os desastres naturais nos castigam sem distinção. Bactérias e vírus nos atacam incessantemente, assim como fazem com qualquer outro ser vivo. Vulcões não poupam humanos ao liberarem sua fúria ardente, e tempestades varrem cidades sem se importar com crenças ou convenções.

A superioridade humana, quando examinada sob uma ótica racional, revela-se como um mito cuidadosamente construído. Um conceito forjado por nossa necessidade de controle, por nossa busca por sentido em um universo indiferente. Criamos sociedades, tecnologias e narrativas que nos elevam acima dos demais seres vivos, mas, no fim, continuamos sendo frágeis, sujeitos às mesmas forças naturais que moldam o destino de todas as criaturas.

Talvez o verdadeiro poder esteja não em nos considerarmos superiores, mas em reconhecermos nossa conexão intrínseca com o mundo que nos cerca. Em aceitarmos que somos parte do fluxo ininterrupto da vida, sem privilégios místicos ou garantias celestiais. Na admissão dessas verdades, encontramos, não à fragilidade do ser, mas a genuína profundidade da existência. 

red9juarez

Estrelas, Pensadores e a Urgência da Consciência

Existimos e convivemos com as estrelas cintilando no firmamento, e com os comparáveis deuses teóricos das fábulas míticas.  Também podemos d...