Translate

Mostrando postagens com marcador IBAMA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador IBAMA. Mostrar todas as postagens

Cidade de Correntina, Bahia, vá a luta pela preservação da vida e das espécies.


Reflexão sobre a Vida, o Planeta e a Ilusão do Progresso. 

Edição de 2014, republicada hoje, 06/11/2025. 

A original foi perdida com o fim também da página do Facebook bloqueada. Justificativa, contrariando as regras do Facebook. Não se trata de realidade relativa, mas, de verdades definitivas. Havia mais de 400 compartilhamentos e quase mil comentários.   

  Toda forma de vida luta, reage diante da ameaça à sua integridade. Cada ser, por instinto, demonstra que a criação não determinou uma espécie como alimento obrigatório de outra, mas sim, que todas participam de um mesmo equilíbrio. No mínimo deveriamos, sem ter que dizer, respeite seu semelhante. Que não coaguna com este pensamento perde o lugar para os brutus.  

O sistema natural, resultado de bilhões de anos de evolução terrestre, revela — em sua diversidade — que a harmonia é a base da existência mais indicada. 

Se pudesses ver-me nesta tarde, não verias lágrimas em meus olhos, mas perceberias, com clareza, uma expressão profunda de desilusão. Tudo gira em torno do dinheiro, do poder e da vaidade humana. 

Políticos prometem um futuro próspero, religiões prometem céus eternos, e quase ninguém se pergunta o que realmente sustenta esses sistemas. O planeta, violentado e saqueado, segue sendo vítima de um terrorismo endossado por todos nós, adultos — direta ou indiretamente: origem de nossa indiferença irresponsávelfora as crenças que somente  resolve.   

, 

 

A vida, a cama, o berço e o alimento só são possíveis graças a um biossistema global em equilíbrio. Não é inteligente — nem sensato — aceitar ou profetizar o “fim dos tempos” como castigo espiritual. Um dia, sim, nossa galáxia pode desaparecer; mas isso ocorreria independentemente da existência humana. 

A Terra sobreviveria sem os homens — mas nenhuma vida sobreviveria sem os vegetais, que alimentam e regulam o clima.  

 

Espero, sinceramente, que existam muitas pessoas sensíveis e em comunhão com esta visão: a vegetação, com suas copas desiguais e vivas, refresca, purifica e protege o planeta. 

Ainda assim, há contradições gritantes em órgãos públicos que deveriam defender a natureza. O IBAMA, por exemplo, mantém bons empregos, mas não cumpre integralmente sua função. Vi com meus próprios olhos: o que parece funcionar com exatidão é somente o depósito dos salários. Enquanto isso, florestas inteiras são destruídas legalmente, autorizadas pelo poder público. 

Na Bahia, milhares de alqueires de mata nativa e cerrado estão sendo devastados. Lá, um pequeno curso d’água — o Rio do Meio — parece correr em desespero, fugindo das bombas que o sugam dia e noite. 

A água, outrora símbolo de vida, hoje se arrasta entre planícies secas, servindo como último refúgio para peixes e animais sedentos. O oeste baiano, quente e vasto, assiste à destruição da criação perfeita, movida por dinheiro, poder e luxúria. 

 

Onde está a defesa da vida?  IBAMA, que permite o extermínio de espécies inteiras, adultas e filhotes, como se fossem incômodos descartáveis? Não acontece isso? Aparentemente, no início dificultam um pouco, depois há negociações. Quer confirmar? Visite as áreas desmatadas, façam pesquisas, não em órgãos públicos, consulte o povo destas regiões. 

 

Ainda há tempo de evitar o fim da humanidade — um fim que seria obra de suas próprias mãos. 

Não estou divagando, delirando, mas não somos especiais. Outras formas de vida também buscam perpetuar-se — e, muitas vezes, são mais aptas a sobreviver em climas extremos. 

Insetos e vírus resistem aos venenos mais potentes, retornando sempre mais fortes. Enquanto isso, nós nos julgamos senhores da Terra. 

 

A vida é algo muito além das fábulas humanas. 

Vivemos entre duas realidades paralelas: 

Uma termina conosco, absorvida pelo último suspiro — o mundo físico, real, onde somos vulneráveis e perecíveis. 

A outra é a realidade imaginária, moldada pelas crenças e pelas ilusões. 

No plano físico, se adentramos uma floresta habitada por carnívoros, seremos devorados — apesar da suposta “chama divina” que acreditamos possuir. 

 

Em termos de adaptação, somos inferiores aos vírus e a tantas outras espécies. 

Catástrofes naturais não nos distinguem; e nosso corpo, por mais que o cuidemos, retorna ao pó. 

Em conflitos, esquecemos a dor alheia. No fundo, continuamos os mesmos — predadores sofisticados. 

O outro paralelo é o que criamos com a mente. 

Nele, o consciente e o subconsciente interagem, gerando imagens, crenças e esperanças. 

Não compreendemos completamente o que nos envolve, e por isso inventamos narrativas reconfortantes. 

 

A dor é real e comum a todos; as crenças, não. Cada um sonha conforme sua formação, e mesmo as visões mais intensas podem ser ilusões do próprio cérebro. 

Não precisamos ser esquizofrênicos para confundir fé com realidade — o cérebro fabrica experiências para sustentar o que desejamos crer. 

 

Crenças são, por definição, fantasias humanas. 

E como toda fantasia, podem frustrar. Um religioso que não vê sua prece atendida sofre como quem perde o chão da alma. 

Mas este é um tema vasto — e deixo para abordá-lo em outra ocasião. 

 

 Comentário–08 de maio de 2014 

O conteúdo desta página não nasceu de vaidade, frustração ou tédio. 

Nasceu de uma preocupação real com o planeta, com as pessoas e com os animais. 

Fui ameaçado por publicar estas reflexões — disseram que me dariam tiros se descobrissem meu endereço e que eu não poderia mais voltar à região. 

Mas não podem me proibir de circular em meu próprio país. Sou brasileiro, e admiro profundamente a espécie humana, apesar de seus erros. 

Mesmo com recursos limitados, farei o que estiver ao meu alcance para ajudar, construir e manter um mundo melhor. 

Nada é mais nobre do que defender a vida — em todas as suas formas. 

Se alguém questionar, o que me dá o direito de falar sobre algo que envolve toda a humanidade

 Bem… me apresento. Sou um terráqueo entre quase nove biliões destes, faço parte desta geração e faltam somente alguns meses para que eu ...