Translate

Mostrando postagens com marcador libertação das crenças. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador libertação das crenças. Mostrar todas as postagens

Não serão os deuses nem as fábulas que salvarão o homem, mas a inteligência amadurecida e o amor consciente, capazes de redimir seus próprios erros

 O mecanismo da inteligência oferece ao ser humano a chave que lhe permite acessar e utilizar, de modo consciente e responsável, todos os recursos disponíveis na natureza e no universo. Quando conduzida com discernimento, essa capacidade o habilita a transcender mitos, superstições e deuses inventados, abrindo caminho para uma compreensão mais lúcida da existência. 

É certo que, ao longo das gerações, a humanidade tem cometido inúmeros erros — alguns de proporções devastadoras —, decepcionando em suas escolhas e ações. Contudo, há também os acertos, ainda que pequenos diante de sua imensa capacidade realizadora. Entre eles, destaca-se o amor: não a simples atração física ou sexual, mas o amor que se manifesta no respeito, na convivência, no cuidado com os filhos, pais, amigos e com toda a humanidade. 

O amor verdadeiro nasce de uma decisão racional e consciente — um gesto de afetividade e solidariedade que transcende o instinto. É reação lúcida, fruto da compreensão e da empatia, que impulsiona o indivíduo a cooperar, a se envolver nas necessidades do outro, seja humano, animal ou mesmo vegetal. Essa sensibilidade estendida, que alcança a água, o ar e todos os elementos vitais, revela o grau de maturidade que ainda precisamos alcançar. 

Urge que o ser humano amadureça e assuma suas responsabilidades como criatura que se acredita especial. Crer não basta: é preciso viver de modo a merecer tal condição. A humildade, quando autêntica, deve servir-lhe de alavanca grandiosa — transformando-o não em um ser perfeito por fantasia, mas em uma criatura realmente extraordinária pelas suas ações práticas, éticas e verdadeiras. 

Nenhuma fábula ou dogma deveria impedir o homem de reconhecer seu próprio mérito natural. A noção de “pecado”, por exemplo, já deveria ter sido extinta dos idiomas humanos. Trata-se de um conceito que oprime e corrompe, afastando as pessoas da evolução espiritual e moral. Libertar-se dessa palavra seria um passo decisivo para a emancipação da essência humana — pura, sensível e maravilhosamente capaz. 

Se doutrinas e condicionamentos criminosos o impedem de viver com liberdade e sinceridade, é hora de recomeçar. Refaça suas crenças, questione as certezas que herdou, e não tema compreender os desígnios — existam eles ou não. Poucos traçaram o destino de muitos, e nisso se deu um dos primeiros desastres sociais da história. 

Jamais decifraremos o sentido total da vida; e certamente não será mediante fábulas ou ídolos bárbaros que eliminaremos as guerras e a ignorância. Quando alguém lhe solicitar moedas em troca de doutrina, afaste-se. 

Permaneça atento: você é forte, dotado de discernimento e apto a compreender as raízes dos problemas que nos cercam — nas famílias, nas relações sociais, no Estado e nas religiões. Sofrimentos de toda espécie, na maioria, são frutos de nossas próprias ações: dos vícios, dos excessos, das omissões, da corrupção e da negligência dos líderes. 

A inteligência, quando guiada pela lucidez e pela empatia, é a verdadeira chave — capaz de libertar a humanidade das ilusões que ela mesma construiu. 

A inteligência é a chave que pode libertar o homem das crenças que o aprisionam — desde que ele aprenda a usá-la com humildade, razão e amor verdadeiro.

Não serão os deuses nem as fábulas que salvarão o homem, mas a inteligência amadurecida e o amor consciente, capazes de redimir seus próprios erros.

red9juarez

Não serão os deuses nem as fábulas que salvarão o homem, mas a inteligência amadurecida e o amor consciente, capazes de redimir seus próprios erros

  O mecanismo da inteligência oferece ao ser humano a chave que lhe permite acessar e utilizar, de modo consciente e responsável, todos os...