Bem… apresento-me
Antes, porem, é preciso dizer que existem coisas naturais, ignoradas.
Não há castas naturais entre humanos.
A Igualdade Humana Não é Ideologia: É Biologia
A genética não define destinos — a consciência, sim.
Refletir sobre isso é repensar civilização, tempo e responsabilidade.
Sou um ser humano comum, portador das mesmas condições biológicas e estruturais que qualquer outro ser humano. Condições essas que, quando compartilhadas com outro indivíduo da mesma espécie — uma mulher — possibilitam não apenas a continuidade da vida, mas a própria reinvenção de uma civilização. Essa constatação, simples e direta, revela algo fundamental: somos, em essência, minuciosamente iguais. E isso é extraordinário.
A igualdade humana não é um ideal abstrato, nem um discurso moral conveniente. Ela é um dado biológico. Diferenciamo-nos de outras formas de vida social, como as abelhas, por exemplo, onde a própria natureza determina funções rígidas: uma rainha destinada à reprodução, operárias ao trabalho, defensores à proteção da colmeia. Ali, não há escolha. A genética define o papel.
Entre humanos, não.
Nossa genética não prescreve funções sociais, hierarquias ou destinos. Nenhum ser humano nasce programado para mandar, obedecer, servir ou ser servido. O que nos diferença não é a estrutura biológica, mas o nível de consciência, inteligência aplicada e escolhas construídas ao longo da vida. É a inteligência — e não o DNA — que molda as organizações humanas, para o bem ou para o colapso.
Quando compreendemos isso, torna-se inevitável refletir sobre o tempo. Para mim, a eternidade humana não está em promessas futuras, crenças ou projeções metafísicas. A eternidade de um ser humano é, simplesmente, o tempo que ele tem de vida. Nada, além disso, é garantido. O passado só existe como memória e aprendizado; o futuro, como hipótese, suposição ou desejo. O único campo real de ação é o agora.
Sem lucidez sobre nossa condição biológica, histórica e temporal, permanecemos presos a ilusões que nos afastam da responsabilidade. Com lucidez, porém, surge algo poderoso: a possibilidade de reorganizar nossas relações, nossas escolhas e nossa convivência com base na razão, na empatia e na compreensão de que ninguém é estruturalmente superior a ninguém.
Essa consciência não nos diminui — ao contrário, nos liberta.
red9-juarez