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Os líderes mundiais frequentemente declaram que não desejam que outros países possuam ou desenvolvam armas, mas, ao mesmo tempo, são eles próprios os detentores das mais destrutivas máquinas de extermínio já criadas. Se realmente acreditam que a posse de tais armamentos é inaceitável, por que então acumulam arsenais tão devastadores? Se não acreditam, mas impõem essa regra aos outros, isso não os torna, no mínimo, hipócritas e, em um sentido mais extremo, terroristas?

Agora, imagine se povos historicamente explorados e dizimados — indígenas, africanos e diversas outras etnias que foram vítimas de abusos e massacres ao longo dos séculos — resolvessem adotar a mesma lógica. E se justificassem a violência como uma resposta legítima, decidindo exterminar outras populações sem qualquer preocupação com crianças, com o meio ambiente ou com a continuidade da vida? O que os impediria de seguir esse caminho se o próprio mundo “civilizado” demonstra que a força bruta e a imposição do medo são ferramentas aceitáveis de poder?

A contradição é evidente: condena-se a violência quando parte dos oprimidos, mas ela é institucionalizada quando praticada pelos que já detêm o controle. Afinal, em um mundo que perpetua essa lógica de dominação, onde está a verdadeira ameaça? Quem são os terroristas?

red9juarez

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