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Entre maldade e bondade, mentiras e verdades, o ser humano se perde em ilusões que o afastam de sua essência. Uma reflexão sobre como religiões, mitos e fábulas moldaram nossa dependência — e como a verdadeira liberdade pode ser reencontrada.

 



Nada, ou tudo a ver. Viver por viver, ou viver entendendo que nem tudo é o que parece ser. Importa perceber que as aparências enganam, e que o brilho ilusório pode esconder sombras profundas. A humanidade foi, ao longo do tempo, induzida a conviver entre extremos: bondade e maldade, verdades e mentiras, esperança e medo.

Mais cruéis do que as ações dos chamados terroristas atuais — que a sociedade condena com firmeza — foram as mentiras silenciosas e persistentes, cultivadas por certas religiões que se organizaram não para iluminar, mas para dominar. Mentiras erguidas como templos, permanentes como muralhas, que mascararam e sufocaram a verdadeira independência do ser humano. Ao prometer salvação, tiraram proveito da fé para subjugar, enfraquecer e reduzir a grandeza natural da consciência individual, desviando-a de sua própria fonte de sabedoria.

Tudo a ver: a independência do ser. Pois nascer, crescer e viver deveria bastar como dádiva, sem dívidas, sem correntes invisíveis que oprimam o espírito. A vida, em si, é o fenômeno mais extraordinário, e não precisa ser adornada por mitos que somente encobrem o seu valor real.

Superar os deuses efêmeros — tantos que já existiram, tantos que ainda resistem somente pela força da tradição — é tarefa de cada consciência que se nega a permanecer na prisão da dependência psíquica. Muitos preferem não se desenvolver, optam por entregar sua liberdade ao conforto de uma crença abstrata, confiando que uma força exterior resolverá seus dilemas. Assim, livram-se das responsabilidades que a existência exige, eternizando uma essência submissa, dependente, escrava.

E é nesse abandono de si que se alimentam as fantasias, as fábulas, os mitos e as crendices. Nelas o ser humano se imagina grande, mas somente projeta uma força que poderia residir dentro de si. A verdadeira grandeza, no entanto, não está no culto a ilusões, mas na coragem de assumir o peso e a beleza da própria liberdade.

Genocídios não são capítulos do passado: eles se repetem diante de nós. Até quando o silêncio será cúmplice?”

Ao princípio entende-se pela não interferência neste comportamento israelense sobre a situação na Palestina, por políticos e religiosos lideres, seja unanimidade, mas não é.  

 A verdade é que, nem todos os líderes políticos e religiosos estão em silêncio ou são coniventes — embora muitos, de fato, sejam omissos ou cautelosos demais diante da gravidade da situação. Uma irresponsabilidade, autoridades mundiais não reagirem com severidade frente esse abuso.

 O conflito entre israelenses e palestinos é um dos mais duradouros e complexos da história moderna. Muito se fala sobre terrorismo, resistência, religião e geopolítica, mas pouco se discute com clareza sobre como tudo começou:  

Especialmente sobre por que foi criado o Estado de Israel, mas não o Estado da Palestina, apesar de ambos estarem previstos no mesmo plano internacional.

Há alguma dúvida sobre a influência de Israel em tomadas de decisões por outros países sobre a escolha de somente a formação do Estado de Israel? O conflito entre israelenses e palestinos é um dos mais duradouros e complexos da história moderna Nenhuma vida vale menos que outra. Não há hierarquia de sofrimento.

O Holocausto, a escravidão negra, o genocídio indígena, todos são feridas abertas na história da humanidade, e cada uma exige atenção, reparação e memória. Matar civis inocentes, pessoas que não estão envolvidas em política, não provocaram, não escolheram estar em conflito — é a violação mais grave dos direitos humanos.

Isso é o que define o conceito de genocídio. Nesta geração estamos presenciando o genocídio sistemático dos palestinos. Não se comenta, não se repete constantemente nos meios de comunicação, por exemplo, na ditadura militar no Brasil a morte de entorno de oito, 8 mil indígenas, e ainda muitos continuam sendo vítimas de garimpo ilegal, fome e negligência sanitária.

 A destruição de suas terras é também um ecocídio, por afetar o equilíbrio ambiental global. Não podemos comparar sofrimentos, o que devemos é não gerarmos mais sofrimentos. A escravidão e o genocídio indígena, em muitos países, ainda lutam por reconhecimento e justiça. Toda vez que civis são mortos em nome de ideologias, devemos levantar a voz. A dignidade humana não tem cor, religião ou fronteira.

 Escrevo com mediana percepção sobre problemas humanos, consciente que mudanças são necessárias, mas, complicado realizá-las. Houve um tempo em que seres humanos depositavam suas crenças em mitos, esperando que seus contra tempos, problemas, fossem resolvidos, inocente e maléfica ilusão. A perpetuação de nossa espécie se encontra no automatismo biológico e, torcer para nada interferir no equilíbrio planetário, desestabilizando o sistema, tornando-o inviável para permanência da vida. 

 Agora, para fazermos da existência um paraíso, precisamos dar início imediato a educação para as crianças, isolá-los de erros como; o querer sem limites, muita atenção há vícios, envolvê-los desde a tenra idade à sociologia e filosofia, não os induzir à ideia que firma ser a realização financeira o mais alto degrau a ser alcançado para se tornar um cidadão respeitável ou admirado...

 

Red9juarez!

  


Suplantando Mitos

  1.  Uns, descaradamente, dizem ter sido escolhidos entre todos os humanos de um tempo, de uma época, para representar a essência divina de um deus onipotente e criador. 
  2. Que pouca-vergonha! Que desmérito o comportamento de adultos, chefes de Estado e autoproclamados representantes dos deuses.

Detentores de bens materiais suficientes para acabar com as desigualdades e a fome no planeta, continuam manipulando, controlando e induzindo as massas a acreditarem que todo mal existente é fruto do merecimento dos próprios seres humanos. Ora, pobreza não é causa natural. O universo desconhece esse conceito, e não há lugar para adjetivos desse tipo sequer entre outras espécies da vida neste planeta.

Basta observarmos indígenas e animais — frequentemente desconsiderados por grande parte da humanidade — para vermos que não existe situação semelhante: uns acumulando e outros morrendo de fome. Entre os povos indígenas, quando há fartura, todos comem; quando há escassez, divide-se o pouco com igualdade.

Meus pensamentos não são os de um cético que visa destruir religiões, eliminando-as por princípio. O que exponho é a opinião sincera de um ser único entre quase oito bilhões de pessoas: deve-se admitir a liberdade de cada um viver seus sentimentos e crenças, desde que não provoquem sofrimento, medo, depressão ou tristeza.

Certa vez, ouvi de alguém, dirigindo-se a mim: “Você é um frustrado.” Não retruquei, pois sabia não ser. Tudo em mim está bem; gosto de ser como sou. Na maior parte do tempo, sorrio. Não sou escravo de desejos. Quando não há companhia, leio bastante, toco violão. Quando há, uma basta. Acumular coisas não me atrai. Em suma, usar a palavra frustração contra alguém me parece uma forma disfarçada de agressão.

Mais tristeza que desgosto sinto quando passo diante de escolas já existentes antes mesmo de meu nascimento. Penso no que a humanidade tem perdido sob a direção de adultos que deveriam zelar pelos interesses da sociedade, mas garantem, antes de tudo, impunidade, estabilidade e salários polpudos. Transformam o Estado em fonte de conforto pessoal e familiar, além de servir a amigos e indicados por influência. Chegam até a legislar em causa própria, aumentando os próprios vencimentos, alegando ser direito constitucional. Mas que travessura legal é essa? A mesma Constituição, que deveria assegurar o básico a quem sobrevive com salário mínimo, não é cumprida.

Desviei-me um pouco do foco, mas volto: todo mal que a sociedade enfrenta é manipulação daqueles que organizam as bases éticas e morais. Regras e leis são moldadas para interesses de classe, não do coletivo.

Todos nós, dotados das condições físicas normais, temos discernimento suficiente para distinguir atitudes que fazem bem ou mal. Mesmo uma educação básica — familiar, vinda de pais ou tutores — nos dá consciência do impacto de nossas ações. Ao lembrar das escolas, penso no quanto eu e milhares de crianças poderíamos ter contribuído para o bem social, se o Estado tivesse cumprido seu dever de formar cidadãos, não somente de manter privilégios pessoais.

Sugiro, inclusive, que aqueles que veem cargos públicos como oportunidade de enriquecimento deveriam, em vez disso, sustentar-se com dois ou mais empregos, como fazem milhões de trabalhadores.

Ter opinião é um direito de todos. Mas expressá-la exige base sólida: compreender a origem e a direção do debate. Incomoda-me ouvir pessoas dizendo: “Estou bem em casa, os outros que se virem, que explodam.”

A rotina dos adultos, em geral, é invocar um deus para servi-los em vida e após a morte, solicitando saúde sem cuidar dela, desejando sempre mais para si, num mundo onde cada vez há mais viventes — e, quanto mais se concentra, mais gente fica sem.

Os adeptos diretos do cristianismo — hoje infiltrados em setores decisivos de paz e guerra — desestabilizam nações com conflitos e interferências. Acostumados à exploração, à escravidão, à tomada de posses, mantêm a humanidade servil por meio de verdades forjadas, culpas inventadas e o medo constante. A conivência de líderes religiosos e políticos envergonha nossa espécie. Nada fazem para deter a matança de crianças, em qualquer lugar do mundo.

Já disse em outra ocasião: adultos escolhem ou cedem sem resistência à imposição de seus líderes… as crianças, não.

red9juarez

Quem Realmente Decide o Destino da Humanidade? Seriam os reais terroristas, sem ficção, as lideranças Politicas e Religiosas?

 

A Herança da Hipocrisia: o Peso das Decisões Milenares

Por red9juarez

Introdução

Ao longo dos milênios, a humanidade construiu narrativas para explicar a origem de tudo: o universo, a vida, o destino e até as tragédias. Mas, por trás dessas histórias, há sempre aqueles que se autoproclamaram guardiões da verdade — indivíduos que, em nome da sabedoria, manipularam consciências e moldaram culturas inteiras. Hoje, o resultado dessas heranças é visível em guerras, injustiças e na contínua destruição da nossa própria casa: a Terra.


Os “detentores da verdade”

Por gerações incontáveis, adultos afirmaram possuir respostas para todas as perguntas imagináveis. Diziam conhecer a história desde a criação dos mundos até os motivos íntimos de ações divinas. Chegaram a justificar que um deus teria sacrificado o próprio filho para “dar nova vida” a uma causa já perdida — um ato que, segundo eles, serviria como salvação para a humanidade.

Por trás dessa narrativa, porém, há a marca clara da manipulação: uma indução que coloca a responsabilidade pelos males do mundo sobre o próprio ser humano, mas apresenta a punição como obra de uma divindade. E, curiosamente, aqueles que sustentam essa lógica são sempre os mais próximos dessas supostas divindades, afirmando terem sido escolhidos como especiais entre todos.


Da retórica à violência concreta

O que poderia soar apenas como discurso religioso ou político ganha contornos reais e brutais. Esses mesmos líderes — agora com a conivência de autoridades modernas — continuam, de forma direta ou indireta, a destruir vidas e ecossistemas. Explodem crianças, destroem a natureza e tratam a decência como um detalhe dispensável.

A indiferença coletiva torna todos cúmplices. Não importa se alguém está em um campo de batalha ou trancado em casa acreditando estar longe das responsabilidades: o reflexo de uma sociedade mal ajustada chega para todos, mais cedo ou mais tarde.


A contagem invisível das mortes

Na história, o número de vidas ceifadas é tão imenso que as estatísticas se tornam quase abstratas. Povos indígenas, negros escravizados, e até mesmo, brancos que viveram sob sistemas de servidão foram vítimas de séculos de violência. Hoje, o “salário mínimo” cumpre um papel sutilmente semelhante ao da escravidão: manter milhões presos a uma sobrevivência mínima, sem acesso à dignidade plena.

Frente a esses números, a comoção por casos individuais — embora legítima — revela o quão anestesiados estamos para a escala real do sofrimento humano.


A ciência, o corpo e a essência

A ciência moderna nos oferece conforto físico e prolonga a vida. Mas essa conquista, embora valiosa, é insuficiente se não for acompanhada de evolução moral e consciência coletiva. Questionar, compreender e contribuir para uma harmonia global é a verdadeira fronteira do avanço humano.


Conclusão: a fronteira que ainda não cruzamos

Enquanto não rompermos com a hipocrisia milenar, continuaremos reproduzindo injustiças sob novas máscaras. A verdadeira sabedoria não está em proclamar-se “escolhido” ou guardião da verdade, mas em assumir a responsabilidade compartilhada pela vida — humana, animal e planetária.

Somente quando abandonarmos as heranças de manipulação e abraçarmos a harmonia como propósito comum, poderemos, enfim, transformar nossa história.

red9juarez


Estrelas, Pensadores e a Urgência da Consciência

Existimos e convivemos com as estrelas cintilando no firmamento, e com os comparáveis deuses teóricos das fábulas míticas. 

Também podemos dizer que interagimos com eles, com a diferença de que, enquanto as estrelas nos fazem sonhar, existem os cientistas, os questionadores e os filósofos.

Indivíduos que se dedicam ao estudo da filosofia, uma disciplina que investiga questões fundamentais sobre a existência, o conhecimento, a razão, a moral e a linguagem.

Esses pensadores buscam compreender o mundo e a condição humana por meio do pensamento crítico e da argumentação racional.

Não pode haver razão ou argumento válido que nos impeça de reconhecer, para o bem-estar social, a urgente necessidade de incluir nas escolas de todos os níveis paralelamente às matérias da educação convencional o ensino da Filosofia e da Sociologia. 

Se amenizamos as dores físicas com a arte da ciência e tecnologia e agora, transpassando os limites dos sentidos, para somente assim, compreender a quântica, muito em breve, através desta, mais um salto, um degrau na evolução em direção ao macro e microcosmo e provavelmente ao infinito Universo. Se há de se reverenciar algo ou alguém nesta vida, sem dúvida alguma são estes, devido sua dedicação voluntária ao conhecimento(todo conforto de que tens acesso são devidos aos referenciados acima). 

red9juarez   

A estúpida concordância fora de tempo

 A estúpida concordância fora de tempo: iniciativas e decisões apoiadas paralelamente pelo primitivismo e pelo intelecto. Estimula-se o querer sem limites, em todos os sentidos, seja no campo sentimental ou material. Tudo o que excede nossas necessidades básicas e individuais torna-se imprudente, ao tender a sair do controle e a provocar anomalias fatais como guerras, escravidão, abandono e miséria por onde houver seres humanos. 

 O instinto selvagem de matar para sobreviver garantiu a continuidade da espécie em um passado que chamo de eterno — eterno porque, enquanto houver futuro, o presente o acompanhará, e, com ele, também estará sempre o passado. Essa prática primitiva de matar para comer ainda ecoa, e é comparável àquela que, atualmente, justifica a escravidão de outros para satisfazer desejos fúteis. Há algo de leviano nessa necessidade humana de dominar e de viver na ociosidade às custas do outro. 

 Quase todos os seres humanos gostariam de viver como pássaros ou borboletas, voando livres, sem precisarem conquistar seu alimento. Sejamos honestos: ao buscarmos a melhor forma de convivência, perceberemos que os mesmos instintos bestiais do passado ainda moldam nossos comportamentos. E é justamente essa sede de extermínio, essa recusa em escolher o bem-estar comum, que perpetua a barbárie. 

 O querer sem limites é o combustível da humanidade. Ele alimenta guerras em que não importa quem é assassinado: crianças, animais, vegetais, o planeta inteiro. Tudo é devastado em nome da posse, da cobiça, do saquear o que pertence ao outro. 

 Muitos criticam os líderes que instigam guerras e escravizam. Mas não nos esqueçamos: somos mais de oito bilhões. A responsabilidade é coletiva. Some os governantes e os líderes religiosos — ainda assim, são minoria frente à população mundial. Então, por que seguimos permitindo os mesmos erros? Já passou da hora de rompermos com o comportamento primitivista e darmos o próximo passo na escala racional. 

 Fortaleça seu “eu”. Contribua com o desenvolvimento de uma cultura voltada ao bem-estar comum. Se isso acontecer, extinguir-se-á a famigerada arma: o corpo com cabeça de humano e comportamento de besta. Dignifique sua existência fazendo bom uso da razão, esse recurso poderoso que tanto negligenciamos. 

 Não é preciso integrar grupos por ser comum aparecerem aproveitadores. Tampouco é necessário repetir expressões vazias como “que Deus te ajude”. Se o semblante do seu rosto transmitir paz por onde passar, isso já será uma forma genuína de ajuda. E esteja certo: um rosto sem cara feia é contagiante. 

 Essa estúpida concordância entre racionalidade e primitivismo — esse instinto de tomar, subjugar e matar — precisa cessar. Muitos escolhem caminhos distorcidos, vendando os olhos, selando a transparência e impedindo a mente de compreender a maravilha de existir. 

 Este planeta é uma casa celestial. Um emaranhado de formas que lutam para se adaptar, sobreviver e continuar vivas. A simbiose é uma prova de que a vida quer cooperar, e não destruir. Se destruir fosse o caminho natural, a simbiose entre as espécies não faria sentido. 

 Temos um intelecto único. Ele não nos foi dado para tomarmos, matarmos e destruirmos, mas para usá-lo em favor do conforto e do bem-estar de toda a vida. Sem dores provocadas, sem guerras, sem fome e sem tristezas causadas por nossos atos inconsequentes. 

 Dignifique sua existência. Use seu rosto para transmitir paz. Use sua mente para construir um mundo em que todas as espécies possam coexistir. E, acima de tudo, rompa com a ilusão de que tudo existe para servi-lo. Não há maior grandeza do que a consciência de que somos parte de um todo que quer viver.

red9juarez

A estupidez superando a extraordinária maravilha (os homens).




 Durante milênios, a humanidade se deixou levar por narrativas moldadas ao gosto de poucos.  Aceitamos, muitas vezes sem questionar, sermos a semelhança de alguma divindade — e com isso, justificamos nossas ações mais cruéis com a roupagem da “missão divina”, da “ordem superior” ou do “interesse nacional”. 

No entanto, o que se vê, de maneira brutal e recorrente, é a total irresponsabilidade coletiva com o que realmente importa: a vida. 
Milhares de pessoas seguem sendo sacrificadas todos os anos em guerras motivadas por caprichos, por disputas de poder, por interesses comerciais ou recursos naturais — nunca por necessidade real de defesa da dignidade humana. 

A Organização das Nações Unidas (ONU), criada após a Segunda Guerra Mundial com o propósito nobre de evitar novos conflitos e promover a paz, tornou-se, ao longo do tempo, um organismo burocrático que, na prática, serve quase sempre aos interesses dos países que o financiam com mais força econômica e política. 
Enquanto discursos ecoam em salões climatizados, bombas caem em comunidades indefesas. 
Enquanto resoluções são “avaliadas”, crianças morrem sob os escombros da omissão. 

A estrutura do Conselho de Segurança, por exemplo, revela essa disfunção: cinco países possuem poder de veto absoluto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), mesmo quando as decisões envolvem crimes contra a humanidade. 
Isso transforma a ONU num espectador privilegiado, com as mãos atadas por seus próprios pilares de poder. 

Além disso, leis e tratados internacionais têm sido criados e aplicados mais em benefício de grupos ou setores privilegiados do que para o bem comum das nações. O direito internacional, muitas vezes, é moldado por pressões econômicas e lobbies corporativos. 
A justiça, em escala global, tornou-se seletiva — e a impunidade dos líderes que promovem massacres, ocupações ilegais e violências institucionais é um escárnio que grita aos olhos de qualquer cidadão com senso ético minimamente desenvolvido. 

O mundo precisa de um tribunal verdadeiramente autônomo e eficaz, com legitimidade para julgar e condenar líderes que atentam contra a paz, independentemente de sua nacionalidade, poderio militar ou peso econômico. 
Mais do que isso: o povo mundial precisa assistir — ao vivo e com todas as câmeras apontadas — o confronto desses líderes com as consequências de suas decisões. 
Não por espetáculo. Mas para dar um fim à farsa da impunidade. 

Chegamos ao século XXI com tecnologia capaz de conectar bilhões de pessoas instantaneamente, mas ainda guiados por instintos primitivos e narrativas que alimentam ódio, segregação, ambição desenfreada e medo. 
Não é mais admissível que sejamos manipulados como peças de um jogo controlado por poucos. 
A liberdade e a dignidade dos povos não podem continuar reféns de interesses financeiros e estratégias geopolíticas obsoletas. 

O tempo da razão chegou — ou, ao menos, deveria ter chegado. 
É preciso romper o ciclo da omissão, da falsa neutralidade e da indiferença institucionalizada. 
Não se trata de escolher partidos ou bandeiras, mas de escolher a vida, a justiça e a responsabilidade. 
Cada um de nós tem uma parte nesse processo. E calar, neste momento, é ser cúmplice. 

 

Red9 : O Visionário que semeia o Amanhã   Filósofo urbano, arquiteto de ideias audaciosas, Red9 não sonha pequeno. Ele confronta as raízes d...