Veja os currículos dos ministros
formado pelo presidente em exercício Michel Temer para seu governo;
"Equipe ministerial de Temer está repleta de políticos investigados por
corrupção, desvio de verbas, citações na operação Lava Jato e suspeitas de
ligação com esquemas criminosos. O próprio Michel Temer foi citado na Lava
Jato, enquadrado na Lei da Ficha Limpa e está inelegível por oito anos, por
decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP)" Alexandre
Moraes (Justiça). Conhecido repressor dos movimentos sociais, Alexandre Moraes,
atual secretário de Segurança Pública do governo de Geraldo Alckmin (PSDB),
assumiu o Ministério da Justiça do governo golpista de Temer. Em declaração
mais recente, Moraes classificou como "atos de guerrilha" as
manifestações em favor da presidenta Dilma Rousseff. Reportagens divulgadas
pela imprensa em 2015 denunciaram que o futuro ministro aparecia, no Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, como advogado em pelo menos 123 processos na
área civil em favor da Transcooper. Aparentemente, nenhum problema, a não ser
pelo fato que a empresa é citada em uma investigação que apura formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC. Enquanto advogado, Moraes também
defendeu um ex-diretor da Siemens envolvido no esquema de propinas do cartel de
trens em São Paulo, o Trensalão. Em 2005, quando era presidente da Febem, ele
demitiu, de forma arbitrária, 1,6 mil funcionários concursados. No entanto, a
Justiça reverteu a decisão ao considerar a arbitrariedade do então gestor.
Blairo Maggi (Agricultura). Nascido no Paraná, o senador Blairo Maggi (PR-MT)
assumiu o Ministério golpista de Michel Temer trazendo a alcunha de "rei
da soja" e o "prêmio motosserra de ouro", que fazem de seu nome
quase um sinônimo de desmatamento. De acordo com dados do Greenpeace, Maggi é
responsável por pelo menos metade da devastação ambiental brasileira entre os
anos de 2003 e 2004. Ao jornal "The New York Times", chegou a dizer
que "um aumento de 40% no desmatamento da Amazônia não significa nada"
e "não sinto a menor culpa pelo que estamos fazendo por aqui".
Informações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
indicam que Maggi e sua família concentram 45.115 hectares de terra, espalhados
por 29 propriedades rurais e algumas delas suspeitas de serem improdutivas. Como
se não bastasse, Maggi levará para o Ministério golpista seu currículo de
investigações na Justiça. Ele é investigado pelo Ministério Público Federal
(MPF), no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar
indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro (Inquérito nº 3842/2014). O
senador responde também por danos ao erário no Tribunal Regional Federal da 1ª
Região – Seção Judiciária de Mato Grosso (Processo Nº
0018845-96.2011.4.01.3600). Além disso, há outras duas ações civis públicas
movidas contra Maggi, igualmente por improbidade administrativa. Em uma delas,
o Ministério Público Federal do Mato Grosso (MPE-MT) pede que os réus sejam
condenados a ressarcir R$ 61 milhões ao erário público (Processos nº
59959-05.2014.811.0041 e nº 59733-97.2014.811.0041, ambos podem ser consultados
no sistema do Tribunal de Justiça do Mato Grosso clicando aqui). Bruno Araújo
(Cidades) O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), que deu o voto 342 pelo
impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara, no dia 17 de abril, aparece
na planilha de pagamentos do "departamento de propina" da Odebrecht
na Operação Lava Jato. Este é o nome confirmado por Temer para assumir o
Ministério das Cidades no seu futuro governo golpista. A citação do nome do
tucano é referente às campanhas eleitorais de 2010 e 2012. Eliseu Padilha (Casa
Civil) Eliseu Padilha voltou a ser réu, em 2014, no Escândalo dos Precatórios.
Ele é acusado de prejuízo aos cofres públicos, por acordo celebrado entre o
extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e a empresa 3
Irmãos. No esquema, um grupo de lobistas e funcionários públicos recebiam
propina para favorecer o pagamento de altas indenizações pelo DNER,
"furando fila". Além disso, Padilha é alvo de ações no STJ e do STF,
tem o nome citado nos Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 4ª Região, no Rio
Grande do Sul e no Distrito Federal. Ele é investigado por ocultação de bens,
formação de quadrilha, corrupção passiva, peculato, improbidade administrativa,
e é acusado de irregularidades quando era secretário estadual do Trabalho, em
1995, na gestão de Antônio Brito (PMDB). Geddel Vieira Lima (Secretaria de
Governo) em seu ministério, Temer terá um Anão do Orçamento. No escândalo dos
"Anões do Orçamento", em 1993, políticos manipulavam emendas
parlamentes com o objetivo de desviarem o dinheiro através de entidades sociais
fantasmas ou com a ajuda de empreiteiras. Entre os políticos envolvidos estava
Geddel Vieira Lima, ex-deputado federal e presidente do PMDB da Bahia. E a
relação de Geddel com empreiteiras não terminou em 1993. Mensagens apreendidas
pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato revelam que o peemedebista
teria usado sua influência política para atuar em favor de interesses da
construtora OAS. Henrique Eduardo Alves (Turismo) Alvo de ação civil por
improbidade administrativa e enriquecimento ilícito movida pelo Ministério
Público Federal. Henrique Eduardo Alves o ministro do Turismo de Michel Temer. O
político também é alvo do pedido de abertura de inquérito pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, com base nas trocas de mensagens entre o
ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o dono da OAS, Léo
Pinheiro. Henrique Eduardo Alves (PMDB) ocupou a presidência da Câmara entre
2013 e 2015. Em dezembro de 2015, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e
apreensão no apartamento de Henrique Eduardo Alves, em Natal (RN). A ação fez
parte das investigações da Operação Lava Jato e a ordem das buscas partiu do Supremo
Tribunal Federal (STF). Além disso, durante dois anos o Tribunal de Contas da
União investigou a atuação de parlamentares suspeitos de valer-se de seus
cargos para obter contratos com órgãos públicos e empresas estatais. Entre os
envolvidos está Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). José Serra (Relações Exteriores
e Comércio Exterior) Ministro de Relações Exteriores, o tucano José Serra
coleciona denúncias em seu nome. O senador do PSDB por São Paulo era governador
daquele estado na época de formação do cartel e da fraude em licitações para a
compra de novos trens, caso que ficou conhecido como "Trensalão
tucano". Durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi
Serra o idealizador do processo de privatizações que dilapidou o patrimônio
público brasileiro e conduziu os processos que ficaram conhecidos como
"privataria tucana" que, entre 1993 e 2003, movimentou milhões de
dólares fruto de lavagem de dinheiro via offshores no Caribe. Como se não
bastasse, Serra também atentou à soberania e às riquezas nacionais ao
apresentar projeto, como senador, que propunha retirar da Petrobras a
exclusividade das atividades do pré-sal e acabar com a obrigação de a estatal
participar com pelo menos 30% dos investimentos nos consórcios de exploração do
pré sal. A negociação com interesses estrangeiros veio a público com o
Wikileaks, que vazou documentos mostrando que Serra prometeu a empresa
petrolífera Chevron (EUA), em 2011, mudar as regras da partilha do pré-sal se
eleito presidente. Maurício Quintella Lessa (Transportes) Deputado federal
Maurício Quintella Lessa (PR-AL) responde por processos judiciais, tanto no STF
quanto no TRF. No supremo, Quintela é algo de inquérito que apura peculato (nº
2893/2009). Já no TRF, Seção Judiciária de Alagoas (Ação civil pública nº
000405593.2008.4.05.800), o deputado foi condenado por improbidade
administrativa com danos ao erário e enriquecimento ilícito. De acordo com a
sentença, o parlamentar participou de esquema para fraudar licitação para
aquisição de merenda e transporte escolar em troca de propina, no período em
que ocupou o cargo de secretário estadual de Educação. Foi responsabilizado
também por desvios de recursos federais para contas do governo do Estado do
Alagoas. A Justiça determinou o ressarcimento integral da quantia de R$
4.272.021 aos cofres públicos, o pagamento de multa e à suspensão dos direitos
políticos pelo prazo de oito anos. O deputado recorre da sentença. Mendonça
Filho (Educação e Cultura) Além de juntar os Ministérios da Educação e da Cultura,
de grande importância para o país e provocar uma redução do potencial de
atuação de cada pasta individualmente, o governo golpista de Michel Temer quer
deixar a cargo do deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) a responsabilidade
por essas áreas. O deputado é um dos citados na lista da construtora Odebrecht,
apreendida pela Polícia Federal na 23ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de
"Acarajé" e realizada no dia 22 de fevereiro de 2016. A lista traz
nomes de políticos que foram candidatos em 2014 e receberam repasses da
empreiteira, uma das envolvidas nos esquemas de corrupção investigados pela
Lava Jato. Mendonça Filho responde também por irregularidades na prestação de
contas junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), na condição
de presidente estadual do DEM pernambucano. Os processos envolvem prestações de
contas não apresentadas à Justiça. É ou não é a cara da Educação e da Cultura
de um governo golpista? Moreira Franco (Privatizações e concessões) Um dos
"homens" de Michel Temer, Moreira Franco já protagonizou polêmicas e
escândalos. Em 1982, quando candidato ao governo do Rio de Janeiro, ele foi
acusado de tentativa de fraude nas eleições, falsificando votos, para
inviabilizar a candidatura de Leonel Brizola, no chamado Escândalo Proconsult. No
entanto, depois de fraude descoberta, Brizola tomou posse como governador do
estado do Rio. Brizola apelidou, à época, Moreira Franco de "gato
angorá". Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já era, então um dos operadores da
campanha de Moreira Franco. Ao fim do governo, em 1991, ele recebeu bicheiros
em uma recepção oficial do Palácio Guanabara e sofreu muitas críticas. Osmar
Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) O deputado Osmar Terra, cotado para o
Ministério Social, já teve que responder ao Tribunal de Contas do Estado do Rio
Grande do Sul (TCE-RS) por irregularidades em suas gestões na Secretaria de
Saúde e na prefeitura de Santa Rosa. As irregularidades resultaram em multa
aplicada ao possível ministro do governo Temer. Terra foi responsável pela
Secretaria Estadual da Saúde, em 2003, e pela prefeitura de Santa Rosa, em
1995. Além disso, ele já foi alvo de inquérito no STF por suspeita de crime de
sonegação de documentos. Terra ainda pode ser investigado pela Suprema Corte,
pois seu nome aparece em mensagens localizadas pela Polícia Federal no celular
do ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de
prisão na Lava Jato. Ele confessou ter pedido doações de campanha para o
empreiteiro. Ricardo Barros (Saúde). Pense bem: você colocaria para gerir a
pasta da Saúde, maior orçamento da Esplanada dos Ministérios (R$ 88,9 bilhões
em 2016), um político investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por
indícios de direcionamento de licitação? O governo golpista de Michel Temer
está prestes a fazer isso, ao pretender nomear o deputado federal Ricardo
Barros (PP-PR) para ser seu ministro da Saúde. Recentemente, o STF negou pedido
de Barros para arquivar a investigação, com o ministro Luiz Flux julgando ser
necessário apurar as acusações pedidas pela Procuradoria-Geral da República. Gravações
telefônicas feitas em 2011 pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), com
autorização da Justiça, trazem Ricardo Barros orientando um secretário da
prefeitura de Maringá (PR) a construir um "acordo" entre duas
agências de comunicação que disputavam licitação de publicidade da
administração municipal, no valor de R$ 7,5 milhões. Na conversa, Barros afirma
que "queria que você promovesse uma conversa dos dois [concorrentes]"
e "aí, quem sabe, fazemos uma solução salomônica". O compromisso com
as prioridades para o país também não é o forte de Ricardo Barros. Ao relatar o
Orçamento de 2016, Barros propôs duplicar a verba aos partidos políticos,
aumentando de R$ 311 milhões para R$ 600 milhões do Fundo Partidário. E como
fazer o orçamento fechar? Ricardo Barros propôs cortar R$ 10 bilhões no
programa Bolsa Família. "Existe dinheiro mal aplicado, que está
sobrando", afirmou o deputado para justificar o ataque ao dinheiro do povo
destinado ao Bolsa Família, ou seja, para o povo. Romero Jucá (Planejamento) Titular
do Ministério do Planejamento do governo ilegítimo, sem votos e golpista de
Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) possui longa ficha de acusações.
Da compra de votos, ao desvio de verbas públicas, passando por empréstimos
irregulares junto a bancos públicos, Jucá é formalmente investigado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sido citado na operação Lava Jato. Seu
nome aparece em acordos de delação premiada de executivos de empreiteiras como
a Andrade Gutierrez e a UTC Engenharia. Os relatos apontam Jucá como recebedor
de propina e doações eleitorais para interferir a favor das empresas em
contratos da Eletronorte e Eletronuclear. Na Operação Zelotes, Jucá foi acusado
pelo lobista Alexandre Paes dos Santos de cobrar cerca de R$ 15 milhões para
trabalhar pela aprovação de emendas de interesse do setor automotivo. A
ministra Carmem Lúcia, do STF, autorizou a abertura de inquérito para
investigar a denúncia. Para ser ministro do Planejamento, Jucá tem no
currículo, por exemplo, usar como laranja o lobista Geraldo Magela para
esconder a propriedade da TV Caburai de Roraima Ltda., quando a Constituição
veda que deputados e senadores sejam donos de concessionárias de serviço
público, como emissoras de rádio e TV. A suspeita é da Procuradoria-Geral da
República, que pediu abertura de inquérito para apurar o envolvimento de Jucá
com a TV Caburai. Mas para ser um bom ministro golpista é preciso ter em seu
currículo uma relação transparente e direta com a população na conquista de
votos. Jucá chegou a ser indiciado por compra de votos, circulação indevida de
dinheiro e pagamento irregular de pessoal de campanha, durante as eleições de
2010, em representação da Procuradoria Regional Eleitoral de Roraima. E, para
completar sua "qualificação", Jucá traz a experiência de ter sido
presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). No cargo, sofreu intervenção
do Tribunal de Contas da União (TCU), acusado de cobrar propina para permitir
exploração ilegal de madeira em terras indígenas. Romero Jucá é ou não é a cara
do Ministério golpista de Temer? Sarney Filho (Meio Ambiente) Filho do
ex-presidente, ex-governador do Maranhão, ex-deputado e ex-senador José Sarney,
o deputado Sarney Filho (PV-MA) também é um dos nomes polêmicos envolvidos no
governo pós-golpe. Ele é investigado pelo Ministério Público por usar passagens
áreas para voar ao exterior com a mulher e o filho. Além disso, Sarney Filho
foi atingido pela Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu driblar a Justiça e se candidatar
à Câmara dos Deputados. Ele também foi condenado, pelo Tribunal Regional
Eleitoral do Maranhão, a pagamento de multa por prática de conduta vedada. A
equipe de golpistas montadas por Temer inclui 22 nomes, com muitos respondendo
a processos e acusações de crime. A lista completa é composta por: Gilberto
Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Raul Jungmann (Defesa),
Romero Jucá (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), Geddel Vieira Lima
(Secretaria de Governo), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança
Institucional), Bruno Araújo (Cidades), Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e
Abastecimento), Henrique Meirelles (Fazenda), Mendonça Filho (Educação e
Cultura), Eliseu Padilha (Casa Civil), Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário),
Leonardo Picciani (Esporte), Ricardo Barros (Saúde), José Sarney Filho (Meio
Ambiente), Henrique Alves (Turismo), José Serra (Relações Exteriores e Comércio
Exterior), Ronaldo Nogueira de Oliveira (Trabalho), Alexandre de Moraes
(Justiça e Cidadania), Mauricio Quintella (Transportes, Portos e Aviação
Civil), Marcos Pereira (Indústria e Comércio), Fabiano Augusto Martins Silveira
(Fiscalização, Transparência e Controle) e Fábio Osório Medina (Advocacia-Geral
da União). Que a lucides predomine nos cidadãos e os faça concretizar as condições
para as ações em direção à uma realidade sem fábulas, sem subterfúgios, sem
truques. Indignar-se e reagir contra injustiças sobrepujando as estupides e dignificando a criação.
Blog livre à todas as postagens que possam resultar em benefícios humanitários.
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